sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Gabiroba ou sweet grape?

By Nayla Schenka

Traduzir significa ampliar vocabulário; reconhecer novas estruturas da língua, da cultura de um povo; aprender com a magia das palavras em diferentes contextos, enfim, dentre muitas coisas, é ganhar informação e dimensionar conhecimento de mundo. 
Em pesquisa recente, para contribuir com este blog, um grande achado: a gabiroba. 
É essa aí ao lado na gravura, sim!

Vocês estão curiosos para saber como eu a encontrei? Pois bem, estou preparada para contar!

Adoro trazer posts variados... e diversão é indispensável em qualquer aprendizado: quebra a rotina, descontrai, renova os ânimos, aquece a memória, incentiva novas ideias, através do aspecto sinestésico e dinâmico do entretenimento, estimula talentos de forma espontânea e, o mais importante, continuamos aprendendo.
Vocês já tiveram oportunidade de saber que adoro Monica's Gang, principalmente o Horácio (em inglês, sem o acento agudo) que conversa com a gente (o leitor) quase o tempo todo. 
Olhem só esta tirinha:
Analisando a tirinha, percebi tristeza ou desapontamento por todo lado. Não gosto de carinhas tristes, de relações mal-acabadas, em virtude de mal-entendidos ou decepções... Mas, em tudo, é preciso haver observação, (re)conhecimento, boa apreciação e aprimoramento. Considerei, nesse sentido, bem-vinda, a palavra mudança, algo permanente em nossas vidas, embora não percebemos conscientemente, deixando de acompanhá-la; por isso, muitas vezes, permanecemos insatisfeitos.
Ora, dirão vocês, cadê a gabiroba? 
Eu não a encontraria se não tivesse observado as 'sweet grapes' nas mãos  da Lucinda... Amarelinhas, amarelinhas.
Então, curiosa, busquei no site (Horácio - Página Semanal 218)  a tirinha em português.
Peço desculpas aos mineiros, goianos, gaúchos, capixabas ou espírito-santenses, pelo meu desconhecimento da fruta, mas ainda é tempo de saber mais  sobre o autor Maurício de Souza, que tem 75 anos e é paulista de Santa Isabel e, também, acrescentar informações sobre a gabiroba.
"É uma frutinha em formato de bolinha, verde e que dá em touceiras no meio do campo.  Dizem que é azedinha e refrescante, quando se começa não consegue parar de chupar,  come-se como uva ou jaboticaba. Estala na boca e se engole o miolo. Em qualquer lugar de pesquisa sobre frutas tropicais ou brasileiras, pode-se encontrar facilmente a gabiroba."
A gabirobeira pertence à família Myrtaceae, a mesma da goiabeira. O nome gabiroba tem suas raízes na língua tupi-guarani e significa casca amarga. Dentre os seus nomes vulgares, destacam-se guavirova, guabiroba-miúda e guabirobeira-do-mato.
No Brasil, a espécie existe em Minas Gerais, Goiás e Espírito Santo até o Rio Grande do Sul, sendo encontrada também no nordeste da Argentina, leste do Paraguai e norte do Uruguai.
Bem, voltando à nossa tirinha, vocês concordam com "sweet grapes" em inglês?


Essa postagem serve para refletirmos sobre interpretar e agir, conhecer e criar,  traduzir, lendo em diferentes contextos, mundos variados, reais ou imaginários.

Já é tempo de reeditar nossa sala de aula, nossas práticas educativas. Existe um universo fantástico, estimulante, enriquecedor a nossa espera em todo canto do mundo, na tela do computador, na mente do educador, no íntimo de qualquer aprendiz que vai sendo arrastado pelas novidades, mas, muitas vezes, nem se dá conta do potencial criativo, latente, pulsante que precisa despertar para um novo tempo.

Proposta educativa:
Dialogue com Horácio ou com Lucinda e desperte um novo olhar, uma nova consciência em suas vidas, tornando seus dias mais felizes e inteiros. 
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