segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Samba, Povo e Educação

O  samba nasceu há bastante tempo. Começou na rua, no asfalto, no morro, nas ladeiras, na cidade, não importa. Subindo ou descendo morros, colinas, segue adiante, em vários lugares, comemorando vários temas, unindo milhões. Canta dores, alegrias, tristeza, muitos ou poucos amores, entra em ritmos e evoluções, reúne alegorias, expande fantasias, desperta criações. Enfim, quem não gosta de Samba...
Oriundo de uma miscelânia de influências, agrega, soma, multiplica, se dimensiona pelo planeta. Hoje é dia Nacional do Samba em homenagem a Ary Barroso.
Para ilustrar e valorizar a data, trazendo-lhe um tom educativo e exemplar, convido a escola e seus talentos especiais. 
     
Da sensibilidade e dedicação, do incentivo e apoio, do desejo de transformação e enriquecimento intelectual em nosso país, surgem novas oportunidades e, consequentemente, novos empreendedores, "um novo homem e uma nova mulher", como diria Paulo Freire. Aparecem assim novos poetas.
  
A Olimpíada de Língua Portuguesa "Escrevendo o Futuro" premiou vinte estudantes de escolas públicas de 12 estados neste final de ano. O projeto é uma iniciativa da Fundação Itaú Social e do MEC (Ministério da Educação). O concurso teve a participação de 239 mil professores e 7 milhões de alunos do 5° ano do ensino fundamental ao 3° ano do ensino médio.
         Os 152 finalistas concorreram em quatro categorias, de acordo com a série: poema (5° e 6° ano do ensino fundamental), memórias literárias (7° e 8° ano do ensino fundamental), crônica (9° ano do fundamental e 1° ano do ensino médio) e artigo de opinião (2° e 3° ano do ensino médio).
         Em um dos poemas premiados, oportunamente, surge o que nos fala de Adoniran Barbosa e é com esse que eu voouuu... Sambar até... homenagear o samba, as boas iniciativas e novos talentos.  Depois... Sacudir a poeira (de tudo que emperra e desanima) e dando a volta por cima, continuando o bom trabalho com educação.


Vencedores da Olimpíada de Língua Portuguesa 2010
Categoria: poema (alunos de 5ª e 6ª série do ensino fundamental)

 

Não ter onde morar

 

Aluno: Fábio Henrique Silva AnjosProfessora: Patrícia Alves de Amorim PercinotoEscola: E. M. E. F. Frei Antônio de Sant’Ana Galvão; Cidade: São Paulo – SP

Eu moro em São Paulo
Bairro do Jaçanã
Eternizado por Adoniran.
Confusão na vila
Nunca vi uma coisa daquela!
Em questão de instantes acabou a favela.
Muitos barracos no chão
É hora da desapropriação.
Cada tábua que caía, doía meu coração.
E a população?
Ficou sem eira, nem beira, nem chão.
Houve até manifestação!
Sem ter onde morar
Fiquei sem lar.
A favela era o meu lugar.
Agora só resta a mudança
Acreditar na esperança
Ainda sou uma criança
E espero a bonança
.
Palavras do poeta inspiram lembranças.
Saudosa maloca, maloca querida.
Lá na terra “nóis passemo”
“Dias feliz” da nossa vida.
Quero um mundo melhor
E sair dessa pior.
Já são onze horas, não posso perder o trem
Que já vem... Que já vem... Que já vem....


Confira os outros textos da Olimpíada da língua portuguesa

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