sábado, 31 de março de 2012

Inteligência emocional e Mundo de Trabalho

Personalidade é o segredo de sucesso

Miriam Gimenes

O profissional fez um curso superior na melhor universidade do País, é poliglota, morou por mais de um ano no Exterior onde cursou pós-graduação e concluiu MBA na área de sua preferência. Certamente ele alcançará o sucesso, correto? Totalmente errado. Muito mais do que conhecimento técnico, as empresas valorizam, na verdade, a inteligência emocional, que ditará quanto tempo o funcionário permanecerá empregado e se realmente crescerá na carreira.

É o que concluiu recente pesquisa feita na Alemanha pela consultoria Tredence. Após entrevistas em 20 países, a instituição constatou o que muitos outros estudos já haviam analisado: a personalidade  - que corresponde a diversos itens como tolerância, flexibilidade, trabalho em equipe, entre outros  - é a competência que mais se leva em consideração na análise do rendimento dos profissionais.

O especialista em gestão de pessoas Eduardo Ferraz diz que esta não é uma realidade recente. “Há vinte anos fui contratado em uma multinacional e já naquela época não se primava pelas habilidades técnicas. A dinâmica era para saber como eu lidava sobre pressão, com subalterno. O trabalho em equipe que se faz hoje é o mesmo.”

Não adianta, segundo ele, a pessoa ter um currículo irretocável, mas não saber se relacionar bem com a equipe e com os superiores. “As competências podem ser espetaculares, o profissional pode ser um gênio,  mas se o conceito de inteligência emocional for péssimo, esta pessoa não consegue ficar mais do que seis meses empregado”, sentencia.

Ferraz, que participa de diversos recrutamentos, diz que o que viu nos últimos vinte anos é que aqueles com QI (Quociente de Inteligência) mediano, que fizeram faculdade durante a noite, não falam mais que dois idiomas, porém demonstram flexibilidade, são trabalhadores e sabem se posicionar no momento certo têm muito mais chances de obter sucesso, do que alguém com uma experiência invejável, mas não sabe lidar com as pessoas.

Por isso, a dica do especialista  para os que se encaixam neste perfil e ainda não conseguiram resultado esperado na carreira: procurem um coaching (que ajuda a dar um direcionamento profissional) ou um terapeuta. “Ou então vai trabalhar por conta e não dependa de ambiente de trabalho”, acrescenta. Só se conhecendo melhor o profissional saberá no que investir e o que deve mudar, mas sempre tendo em mente o quão é importante a personalidade e as relações pessoais na busca pelo sucesso.

Artigo encontrado em: http://www.diaadiarevista.com.br/ 

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