quinta-feira, 28 de abril de 2011

Pequeno Príncipe - continuação


O PEQUENO PRÍNCIPE: UMA LIÇÃO DE VIDA

Nas últimas páginas de O Pequeno Príncipe o aviador que narra a história indaga junto ao leitor se o carneiro dado de presente por ele ao principezinho comeu ou não a flor, pois ele havia esquecido de desenhar a correia de couro que prenderia o focinho do animal. É nessa indagação que reside um dos significados mais sublimes da principal obra de Antoine de Saint-Exupéry. Trata-se de uma metáfora que representa a inocência.
Olhar para o céu e procurar pelo planeta B612 e perguntar a si mesmo se “o carneiro terá ou não comido a flor?” é a eterna busca pela inocência perdida.
O Pequeno Príncipe vem ao longo do tempo cativando gerações de leitores adultos e crianças. Quem nunca se emocionou com as aventuras do garotinho loiro e de cabelos cacheados, dono de uma rosa nada modéstia?; de sua amizade com o aviador e a conversa com a raposa?, que aconselha: “só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.” Mais filosófico do que essa máxima, só a insistência do principezinho em perguntar “o que é?” para tudo o que desconhece, demonstrando uma profunda preocupação em descobrir a verdade das coisas. Ensinamentos humanistas como o valor da verdadeira amizade, permeiam todo o livro, é a importância de “criar laços” que faz a raposa dizer: “Se tu me cativas nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo."
Pela sua preocupação humanista em resgatar um sentimento esquecido, porém tão nobre, O Pequeno Príncipe é acima de tudo uma lição de vida e uma homenagem à tenra infância, ou àqueles que a perderam.
Serviços: Saint-Exúpery, Antoine. O Pequeno Príncipe. 48 ed., Rio de Janeiro: Agir, 2003.

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