segunda-feira, 2 de abril de 2012

As palavras e seus estereótipos

É bem verdade que estamos culturalmente acostumados a manchetes que chamam atenção de leitores por estratégias comunicativas exclusivamente desenvolvidas para esse fim. 
É muito comum não desviarmos os olhos para os chamados publicitários ou títulos de qualquer material impresso, quer sejam de natureza acadêmica, literária, artística e ficarmos curiosos para saber o que temos ali.
O fato é que vamos nos sentimos atraídos para um exame ligeiro ou uma leitura que se faz plena, quando o conteúdo nos envolve, abrupta ou sorrateiramente, ou quando nosso interesse já se tornara afim desde o começo.
Hoje em dia até nomes de pessoas já se incluem, infelizmente, nessa rede de 'chamar atenção' . Pergunta-se, até que ponto essa máquina inteligente de conduzir atinge nossa  percepção e domina nosso senso crítico. Percebe-se que tal tendência influencia até na escolha de nomes para os novos bebês. E que nomes! 
A educação deve superar senso comum e anallfabetismo funcional. Mas como? 
Talvez devemos usar de todo arquétipo comunicativo nos currículos das escolas e elevar a educação ao campo do estudo do cérebro e mente para reconhecer liberdade de escolhas e desenvolvermos autonomia para pensar e agir voluntariamente.
Bem, queridos leitores, por que escrevi esse pequeno texto? O que me inspirou? De onde parti  e até onde cheguei com minhas reflexões e pesquisa?
De volta ao pensamento e à palavra que me trouxe até aqui: subversiva - encontrada no artigo abaixo.

Porque quero ser “subversiva”

Jenny Horta 


Palavras muitas vezes tem significados ambíguos e na maior parte desses casos, sempre são apontados apenas no sentido pejorativo, negativo, marginal. Ser contra a maioria, muitas vezes, significa algo muito ruim…
Felizmente, todos os maiores nomes da história de nossa sociedade, muitas vezes eram considerados “subversivos”, “rebeldes”, “insubordinados”, “subversivos”!
A instituição escolar tradicionalmente bancária, autoritária, hierárquica e unilateral já vem, há muito, mostrando seu fracasso, tanto para com sua clientela de classe média quanto para as camadas populares. O Bullying, a repetência e os constantes conflitos que saem muitas vezes dos muros da escola e chegam aos conselhos tutelares e até mesmo ás delegacias comprovam isto a todo momento.
Basta olhar em volta: mesmo estando há algum tempo afastada do ambiente escolar, ao colocar os pés numa sala de aula em meu atual estágio, a primeira sensação que tive foi a nítida certeza de que pouquíssimos ou nenhum daqueles 35 alunos a minha frente queriam estar ali!!
Aí você pensa: quando éramos jovens, também não gostávamos da escola! Mas nossa sociedade, nosso mundo, não tinha nem metade dos conflitos, informações, dinâmicas, polêmicas e toda a complexidade do mundo atual. Esses jovens e crianças que estão nos bancos escolares são completamente diferente dos que estavam há 20 ou 30 anos atrás, e não podemos negar isso. Porém, a escola continua a mesma.
Não quero dizer aqui que valores como respeito, hierarquia, disciplina, dedicação e empenho devem ser esquecidos. Não se pode mudar os valores da humanidade. Muita gente boa seguiu por um caminho radical e confunde liberdade com desrespeito, diversidade com imposição de sua condição, diálogo com subordinação a vontade do outro.
Possibilitar aprendizagens significativas na escola, não significa abandonar currículos, apenas não ser escravo deles. Não significa negar o que o aluno precisa aprender, mas oferecer-lhe mais de um caminho para atingir o objetivo. E a tecnologia proporciona isso. O Software Livre proporciona isso. O compartilhamento de ideias proporciona isso. Os recursos educacionais abertos e a computação em nuvem proporcionam isso…e por aí vai!
É apenas questão de tempo para que o paradigma mude. O processo de sua subversão está em curso. Sócrates, o subversor por natureza, se visse o que está acontecendo, daria pulos de alegria. (Eduardo Chaves)

Fonte: http://aprendizagemdigital.wordpress.com/

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