segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Volta às Aulas

Janeiro, tempo de férias. Liberdade para dar folga ao despertador, visitar a família, amigos, parentes... conhecer novos lugares, renovar o ambiente, revigorar energias, saltitar de felicidade por todo ou qualquer motivo que cheire a alívio, calma, repouso ou, até mesmo, agitação.
Afinal, podemos, pelo menos, ser donos de nós mesmos. Sei que não é tão fácil assim, tampouco exige-se perfeição. O importante é balancear, ponderar, agir de forma inteligente, enfim, criar novos hábitos e, principalmente, ter ao alcance novas leituras, positivas, instigantes, pacíficas de viver e conviver.
Férias são momentos para refletir e praticar o que nos faz bem. Sem pressão, com observação e consciência, vamos selecionando o que nos vem à mente e identificando, com equilíbrio e responsabilidade, aquilo que realmente importa; sem egoísmo, fanatismo, ou qualquer ideia que nos aprisione.
Tudo isso acaba se estendendo para o retorno ao trabalho, aos estudos, aos projetos individuais e/ou coletivos de sobreviver e ser feliz. Com vontade, atenção, vigilância e, mais importante,  sintonizando as boas vibrações para recomeçar, vamos cantalorando:
Tudo, tudo, tudo vai dar certo...
Por Nayla, baseado no Artigo abaixo

Carreira: 23% dos profissionais sofrem de depressão pós-férias
A pressão e o índice de insatisfação cada vez maior no ambiente de trabalho levam os profissionais a se sentirem mal
Por Camila F. de Mendonça, InfoMoney 
O retorno ao trabalho, após as férias, pode gerar um impacto negativo para muitos profissionais. Depois de um período de descanso, demorar para voltar ao ritmo é natural. O problema é que, se o desânimo persistir, é possível que o profissional esteja com um quadro de síndrome pós-férias.
Pesquisa da Isma-BR (Internacional Stress Management Association no Brasil), feita com 540 profissionais das cidades de Porto Alegre e São Paulo, de 25 a 60 anos de idade, mostra que 23% dos executivos são afetados pela depressão pós-férias.
Para a presidente da associação, Ana Maria Rossi, a pressão cada vez maior no ambiente de trabalho e o índice de insatisfação cada vez mais alto levam os profissionais a apresentarem sintomas da doença. “Percebemos que, quando as pessoas começam a relaxar durante as férias e a pensar na volta, elas adoecem”, explica Ana.
Considerando as áreas de atuação, os profissionais mais vulneráveis à doença estão na área financeira, de saúde, informática ou estão trabalhando fora da sua área de formação. 

Os limites de um retorno normal


De acordo com Ana, é normal os profissionais voltarem ao trabalho e se sentirem ansiosos e desconcentrados. “Até duas semanas depois do retorno, é normal passar por um processo de adaptação”, avalia. Nesse período, a preguiça, a falta de motivação e de concentração e até uma certa irritabilidade são comuns, bem como o excesso de sono e a ansiedade.
O problema é quando esses sintomas persistem após esse período. “De 14 a 30 dias classificamos como síndrome pós-férias”. É aí que entram números alarmantes. Do total dos que possuem a síndrome (23%), 93% alegam insatisfação profissional, 71% acreditam que o ambiente é hostil ou não-confiável e 49% alegam conflitos interpessoais no trabalho.
Os sintomas da depressão pós-férias se resumem em físicos, emocionais e comportamentais. E, de uma maneira geral, aqueles que tem mais tempo na empresa costumam ser mais acometidos por eles, o que não significa que aquele que tem pouco tempo na empresa não possa sentir o mesmo. “Esses sintomas estão diretamente relacionados à insatisfação”, afirma Ana. A síndrome também é mais comum entre aqueles que acabam ficando mais tempo fora. “Estudos sugerem que férias mais frequentes e com tempo menor é melhor”, diz Ana.
Considerando os sintomas físicos, 87% dos entrevistados sentem dores musculares, incluindo dor de cabeça, 83% reclamam de cansaço, 42% dizem sofrer insônia e 28%, problemas gastrointestinais.
Dos sintomas emocionais, os mais recorrentes são angústia, apontada por 83% dos entrevistados, ansiedade, por 83%, culpa, por 78%, e raiva, apontada por 61% dos entrevistados. “Geralmente, os profissionais que têm sintomas físicos e emocionais acabam desenvolvendo sintomas comportamentais”, explica Ana.
Os sintomas comportamentais são os que mais preocupam no quadro da síndrome, pois eles acabam sendo negativos aos profissionais. De acordo com a pesquisa, do total daqueles que têm esse tipo de sintoma, 68% dizem usar medicamentos ou drogas, 52% consomem bebidas alcoólicas, 38% ingerem comidas mais calóricas e 33% abusam do cigarro.

Para não entrar na estatística

Embora seja comum se sentir desconfortável nas duas primeiras semanas após o retorno das férias, o profissional deve ficar atento para que esses sintomas não ultrapassem os limites. Para tanto, Ana aconselha a preparar mente e corpo antes mesmo de voltar ao trabalho: “72 horas antes do retorno, é importante voltar aos seus padrões de rotina”, aconselha Ana.
Dessa forma, é possível amenizar o período de adaptação. Além disso, ela recomenda hábitos mais saudáveis no estilo de vida. “Evite estimulantes e procure fazer alguma atividade física para canalizar a ansiedade”, diz. Além disso, quando voltar, procure estabelecer prioridades nas atividades.

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