quinta-feira, 8 de março de 2012

Uma grande Mulher

Hoje, dia internacional da mulher: dia de homenagear todas as mulheres simples, anônimas, exemplos de mães, filhas, irmãs, amigas... 
Difícil escolher ou aglomerar em um só post a riqueza do mundo feminino, o talento, a  competência de tantas figuras nacionais, internacionais, tão próximas ou tão distantes de nosso mundo real. Por isso, minha escolha recai na simplicidade e pureza que nos aproxima da criança e do seu jeito verdadeiro de nos fazer refletir sobre a vida e o encantamento de existir. 
A autora Tatiana Belinsky escreve para falar com as crianças. Mas, segundo ela, escreve para todas as idades. É a mulher que não para, que deseja continuar a ler, escrever, a falar com crianças.

"Sempre digo aos pequenos que o livro é um objeto mágico"

A história de vida da autora  é tão emocionante quanto os livros que ela escreve para as crianças. Nascida na Rússia, poliglota e escritora desde sempre, Tatiana Belinky chegou ao Brasil aos 10 anos, fugindo com a família das mazelas da guerra civil provocada pela revolução comunista. Seu primeiro livro infantil, Limeriques, foi publicado em 1987. Foi responsável pela primeira adaptação do Sítio do Picapau Amarelo para a TV. Aos 90 anos, ela preserva o bom humor e muitas boas ideias.
Tatiana Belinky agora é integrante da Academia Paulista de Letras,  a escritora  encantou a todos, durante a sua posse na Academia Paulista de Letras. Surpreendeu os acadêmicos e  platéia, ao declamar um pequeno poema –  segunda ela, a poesia que mudou a sua trajetória – , versos em forma de acróstico, escrito por Julio Gouveia, namorado e depois marido.
Trazes no peito um sonho de ventura
Amável sonho que te embala a vida
Tornando-a suave e menos sofrida
Irmã do teu sequioso de ternura
Arde outro sonho dentro do meu peito
Não te parece assim bela medida
Amarmos os dois num só proveito

Pensamentos da Autora:
"Eu faço as coisas. Eu faço, aconteço".
 
"Eu amo os meus livros. Eu amo o Brasil, no Brasil, São Paulo".
 
Criança é um público maravilhoso, interessado e inteligente. Nunca se deve subestimar a inteligência de uma criança. Fazem perguntas que precisamos estar prontos para responder ou honestos o suficiente para dizer ‘não sei’.

Sou antiga, mas não sou velha, porque dentro de mim continua vivinha a criança que fui e isto me permite estar em sintonia com crianças e jovens, com quem procuro repartir minhas curtições de ontem e de hoje. Meu prêmio maior é saber que meus livros irão para as mãos das crianças, e se elas sorrirem, ou se emocionarem ou ficarem pensativas, eu ficarei feliz”.

Quando eu era pequena, queria ser bruxa. Porque bruxa tem poder. Não bruxa feia. Queria ser bruxa bonita. Como a madrasta da Branca de Neve, que era linda. Mas, depois que eu conheci a Emília, eu disse “não, agora quero ser a Emília”. Muito melhor. Ela também tinha poderes: o poder do senso do humor, o da contestação”.

Os pais me perguntam: “Eu mando meu filho ler, mas ele não lê! O que eu faço?”. Comece por não mandar. Livro não é castigo, não é tarefa, não é chateação. Tem de ser curtição, prazer”. 

 

Homenagem especial, pela força, coragem e solidão da menina, da jovem. Hoje, a mulher esportista  abre os braços para o mundo, sendo aceita sem preconceito. Marta, parabéns! Parabéns a você que  descobre caminhos para o futebol feminino brasileiro, trazendo seu exemplo de luta e dignidade.

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