segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dia "D" - Drummond de Andrade

Pensar em Carlos Drummond de Andrade é sentir saudade da palavra que se cala no meio humano e se instala no berço da eternidade. 
Invisível se torna o efeito de tanto talento e sensibilidade paralizados  no tempo-espaço da concretude humana. 
O universo poético de Drummond ficará, porém, para sempre atingindo a alma, cortando o peito com os sentimentos do mundo, todos, sem exceção, cantados, rimados, calados,  sussurrados, declamados, fingidos ou verdadeiramente sentidos pelo homem de Itabira que surgiu na Terra, em Minas, no dia 31 de outubro de 1902.
Valeu, Drummond, pelo exemplo, a inspiração, o fazer poético conectado com o exercício de viver comprometido com ser gente, cidadão do mundo, solidário, atuante, sonhador e guerreiro.


Citações:
"Os homens são como as moedas; devemos tomá-los pelo seu valor, seja qual for o seu cunho." 
"Perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas interessantes."
"A educação visa melhorar a natureza do homem o que nem sempre é aceito pelo interessado."
"Há vários motivos para não amar uma pessoa, e um só para amá-la; este prevalece."
Poemas 
A Palavra Mágica 
Certa palavra dorme na sombra
de um livro raro.
Como desencantá-la?
É a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procurá-la.

Vou procurá-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se não a encontro,
não desanimo,
procuro sempre.

Procuro sempre, e minha procura
ficará sendo
minha palavra.
Carlos Drummond de Andrade, in 'Discurso da Primavera'

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